Bichos no Céu: aos inesquecíveis que se foram, com amor.

"Neste lado do paraíso existe um lugar chamado Ponte do Arco-Íris. Quando um animal morre, aqueles que foram especialmente queridos por alguém, vão para a Ponte do Arco-Íris. Lá existem campos e colinas para todos os nossos amigos especiais, pois assim eles podem correr e brincar juntos. Lá existe abundância de comida, água, e raios de sol, e nossos amigos estão sempre aquecidos e confortáveis. Todos os animais que já ficaram doentes e velhinhos estão renovados com saúde e vigor; aqueles que foram machucados ou mutilados estão perfeitos e fortes novamente, exatamente como nós nos lembramos deles nos nossos sonhos, dos dias que já se foram.

Os animais estão felizes e alegres, exceto por uma coisinha: Cada um deles sente saudades de alguém muito especial, alguém que foi deixado para trás. Todos eles correm e brincam juntos, mas chega um dia quando um deles para de repente e olha fixo na distância. Seus olhos brilhantes estão atentos; seu corpo impaciente começa a tremer levemente. De repente, ele se separa do grupo, voando por sobre a grama verde, mais e mais rápido.
Você foi visto e quando você e seu amigo especial finalmente se encontrarem ficarão unidos num reencontro de alegria, para nunca mais se separar. Os beijos de felicidade vão chover na sua face; suas mãos vão novamente acariciar tão amada cabecinha, e você vai olhar mais uma vez dentro daqueles olhos cheios de confiança, que ha muito tempo haviam partido da sua vida, mas que nunca haviam se ausentado do seu coração. Então vocês, juntos, cruzarão a ponte do Arco-Íris."

Valentino

Valentino foi um cão muito especial. Uma daquelas criaturas que nos tomam por inteiro, passam um tempo com intensidade e depois vão embora.

Andamos juntos nos seus primeiros dias de dor, continuamos juntos quando a dor cedeu e permanecemos lado a lado quando ao se erguer não entendia o porquê de não levantar e ficar em pé, para comer, para beber, para fazer xixi e cocô. Dizia-lhe: paciência, tenha paciência! Ele ouvia e mesmo se esforçando para entender o que era "ter paciência", foi embora na madrugada de 28.10.12, um mês depois de ter entrado em minha vida.

Sol

Sol se preparava para ir para a CASA NOVA. Não deu tempo e voltou para o mundo espiritual, 30 dias depois que nos conhecemos. Que as lições que ela veio aprender e ensinar, estejam fixadas naquele que abandonou, naquele que cuidou e em todos aqueles que acompanharam sua breve história. 
Sol foi embora em 18.06.11.

Clara

Clara foi resgatada em estágio avançado de Cinomose. Anoréxica e agitada resistiu ao vírus por 24 longos dias. Desculpava-se sempre que me mordia por falta de controle motor, nas horas em que comia, bebia ou tomava seu medicamento. Um dia, amanheceu com o semblante tranquilo e pensei que ela tinha vencido a doença. Enganei-me. Naquele dia ela amanheceu, sabendo que estava indo embora. E foi, no dia 26.11.09.